DEFENDER EL IDIOMA l defensores del idiomade En ?cartas del lector? del mayor diario nacional, leo el afán de alguno, preocupado por la invasión de palabras norteamericanas en la publicidad comercial, en todo medio escrito, en la T.V. Su preocupación no es ninguna novedad. El tema de la defensa del Español siempre ha existido ?desde hace mas de quinientos años!? desde un erudito caballero de apellido Nebrija, quien en 1492 había publicado la primera gramática de nuestro idioma. Veamos esta reseña de tan insistente propósito, pero en formato especial (que debe respetarse, Sr. Editor): en un renglón leemos varias palabras de origen árabe, y en el renglón siguiente ?con letra distinta? leemos los intentos de evitar que esas palabras entren al idioma. Y así todo el primer párrafo, de unos veinte pares de renglones. En igual forma están diagramados los párrafos sobre palabras del alemán, del italiano, etc. Por: Eladio Valdenebro elvalde@gmail.com Pdc·07|37 a b a l o r i o - a b i s m o - a c e c h a n z a - a l m o h a d a - a c e i t e - a c e l g a - a l d a b a - a l d e a Un sabio de la corte de los Reyes Católicos, don Antonio de Nebrija, publicó b a l d e - b a ñ o - b a r c i n o - b e r e n j e n a - b a t a - b a r r i o - b a t e a - b ó r a x - b a l a d í su gramática (la primera del español) hace más de cinco siglos, el año que los moros a c h a c a r - a d a l i d - a d a r g a - a l f a n j e - a l g a r a b í a - a l q u i l e r - a d o b e - a l q u i t r á n fueron expulsados de la península . Motivado por el reconocimiento y el abundante c i f r a - c a f é - c i m i t a r r a - c í t a r a - c o i m a - c a l a f a t e - c a l i f a - c e n e f a - c a r c a j a d a aplauso que le mereció su gran obra, le escribió a la Reina Isabel una carta, á m b a r - a l f o m b r a - a l f o r j a - a n a q u e l - a j u a r - á l c a l i - a j o n j o l í - a j e d r e z con el ampuloso estilo de entonces, en que le proponía algo bien importante: c a r m e s í - c e r b a t a n a - c a z u r r o - c a l a - c h a f a r o t e - c h i f l a r - c h i s m e - c h a l e c o una "Santa Inquisición del Idioma" para purificarlo de tanta basura árabe que se le a l g o r i t m o - á l g e b r a ? a l a m b i q u e - a l g u a c i l - a ñ i l - a l g o d ó n - a l a z á n - a l h e l í había pegado en tantos siglos de dominio islámico. Si los españoles habían logrado, d a d o - d á r s e n a - d a g a - d i n a r - d i vá n - d e r v i c h e - d e s c a f i l a r - d a n z a - t a r e a al fin, expulsar al invasor, también debían expulsar toda huella de su indigna cultura. e l i x i r - e n g a r z a r - e m b a r a z o - e s c a b e c h e - f o l g a r - f a l l e b a - f a n e g a d a - f a q u i r Y las huellas más vergonzosas de los moros eran esas cacofónicas palabras árabes. a r r ay á n - a l b a c e a - a r r e c i f e - a l b a h a c a - a r r i a t e - a r r o b a - a r r o p a r - a s e s i n o El ilustre sabio daba mil razones más para borrar del español miles y miles g a b á n - g a b e l a - g a c e l a - g a n d u l - g á r g o l a - g u a r i s m o - g u i t a r r a - h a r é n de palabras que el imperio musulmán había afianzado en la parla de los ariscos españoles. a l b a r i c o q u e - a l b ay a l d e - a l j i b e - a t a l ay a - a l b ó n d i g a - a l b o r n o z - a l b o r o z o Pero? la reina Isabel estaba ocupada con unas nuevas y desconocidas tierras h a c h í s - h o r r o - h a s t a - h a z a ñ a - h é g i r a - i m á n - j a b a l í - j a q u e - j a q u e c a - j á q u i m a que un genovés le había descubierto, muy lejos, al occidente. Y no le hizo caso al a t a ú d - a l m a c é n - a t r a c a r - a l b u r - a l c a b a l a - a l c a h u e t e - ave r í a - a z a b a c h e gramático don Antonio de Nebrija? Pero él insistía en la idea de que tantas palabras j i n e t e - j i r a f a - j a e z - j e q u e - j o t a - j u d í a - l a c a - l a p i s l á z u l i - l i m ó n árabes recordaban a todos ocho siglos de dominación extranjera, y convenía ejecutar a l m í b a r - a z o t e - a z o t e a - a z ú c a r - a z u c e n a - a l c á z a r - a l c o b a - a l c o h o l esa purga de tan horribles vocablos que mancillaban el noble idioma de Castilla, m á s c a r a - m a t r a c a - m o m i a - m í s t i c o - m a m e l u c o - m e c a - m a r ave d í - m e z q u i t a preclaro descendiente directo del latín. Sí, toda huella del oprobioso y humillante a z u l - a z o r - a l c a t r a z - a l c a z a b a - a z o r o - a z a r a r - a l c a c h o f a - a l c a n c í a - a z a l e a dominio islámico sufrido por España durante ocho siglos? sí, debía ser del todo n á c a r - p a r a í s o - q u i l a t e - n a d i r - n a r a n j a - q u i o s c o - n e n ú f a r - n u c a - n o r i a - r e s borrada con la fuerza de una poderosa Inquisición del Idioma. a l h a j a - a l b u r - a t a m b o r - a t a q u e - a c e q u i a - a l b a ñ a l - a r e q u i p e - a b r a c a d a b r a Fortunosamente, la Reina Isabel estaba ocupada, y no le hizo caso. a l o n d r a - a r r i a t e - r e d o m a - a r r a b a l - a l d e a - e s p l i e g o - a l g a z a r a - o j a l á Pdc·07|39 s o n e t o - l i r a - s i l va - n o ve l a - e s d r ú j u l a b a l c ó n - c o r t e j a r - f e s t e j o - a t a q u e Los reyes de España eran dueños también de media Italia, hace varios siglos. s o l d a d o - c a p i t á n - a r l e q u í n - a l e r t a e s c o p e t a - e s c o l t a - f a c h a d a - p o l t r o n a Entonces otro grupo de palabras extranjeras se metió al idioma de Castilla, sin oposición f o s o - c e l a d a - f r a g a t a - b a t u t a - f e r r o v i a r i o c a s i n o - f i a s c o - e s b o z o - e s f u m a r alguna, y muchas sonorosas palabras italianas nos quedaron, fortunosamente. s p a u r h a , e s p u e l a - h e l m , ye l m o - b i g o t e q u a r z , c u a r z o - r a u p h a n , r o p a El nieto de la Reina Isabel era un alemán, y llegó a ser Carlos I de España. b l a n k , b l a n c o - wa n t g u a n t e - s p a h i a t , e s p í a g a s h a j a r d , a g a s a j o - u f g h o t , u f a n a r Pero era también rey de Alemania ?allá era Carlos V? y no sabía aún hablar el noble español n i c ke l t , n í q u e l - b r i n g , b r i n d i s - r e i k s , r i c o - h a s p e l , a s p a - wa r r e , g u e r r a Entonces, hace cuatro siglos, con Carlos V, entraron muchas palabras raras. h a s p e l , a s p a - b r u t h s , b r o t a r - g h a r t e l , g u a r e c e r ? f e l d s p a t h , f e l d e s p a t o Nadie lo impidió, por respeto con el poderoso monarca alemán. Fortunosamente. laubjat, lonja - feuth, feudo - burg, burgo - wardoth, guardar - steup, estribo c a c a h u a t e - c h i l e - t o m a t e - c h i c l e g u a c a m o l e - t a m a l - t e q u i l a - a z t e c a - m ay a Desde hace ya cinco siglos, desde que Cristobal Colón regresó a España tras c a n i c a - c u a t e - e s c u i n c l e - j ì c a r a p e t a c a - t i z a - z o q u e t e - c oyo t e - q u e t z a l toparse con América, y entre papagayos, piñas, esmeraldas y oro, papas y perlas, muchas c a c i q u e - c a i m á n - c a o b a - b a r b a c o a c a n o a - c a r ey - c e i b a - c a r i b e - c o l i b r í feas y cacofónicas palabras de estos salvajes pueblos habitantes de aquel Nuevo j í b a r o - j e j é n - m a r a c a - p i r a g u a - e n a g u a t a b a c o - m a n í - a g u a c a t e - c h o c o l a t e Mundo, comenzaron a entrar subrepticiamente en el Español. Y siguen entrando. t o m a t e - j a g u a r - c h i c l e - j í c a r a - n o p a l c a n c h a - c h o c l o - q u e n a - y u yo - c a u c h o Los defensores del idioma ?más preocupados que otras veces? no pudieron impedirlo. En el esplendor de la cultura francesa, cuando el hechizo de la corte de Versalles, c h o f e r - ve d e t e - p a n c a r t a - c r o q u e t a - c o r s é g a b a r d i n a - g e n d a r m e - p e r f u m e muchas elegantes palabras francesas entraron al idioma. Y nació la Real Academia, a r g o t - c o m p l o t - c o l l a g e - d o s s i e r - r o l c a b a r e t - c h e f - d e b u t - m e n ú - p e l u c h e para evitar esa intromisión de tanta palabrería galicada que llegaba de París a f i c h e - b r o c h e - c h a m p i ñ ó n - c o l o n i a m a t i n é - b i d e t - c h i f o n i e r - b u r ó - b r a s i e r con los odiados invasores. Nadie hizo caso a la que pule, fija y da esplendor. Pdc·07|41 j e t - m a l l - k n o c k o u t - l i g h t - g ay - h o b b y r a t i n g - c h i p - e . m a i l - l o c ke r - c l o s e t Entonces, bienvenidas igualmente, como entraron de Alemania, Italia y Francia, c l u b - s p r ay - m o n i t o r - d r i ve i n - d i s ke t b a s ke t - s t o c k - j e a n s - h a r d - g o l f bienvenidas tantas palabras que nos llegan desde hace muchos años, con insistencia b a r - p o r c h - j u n i o r - h i t - r u g b y - I n t e r n e t d u m p i n g - d o p i n g - we b - c h i p desde Norteamérica, para mil y mil aspectos diversos de nuestro complejo mundo. f l a s h - j o g g i n g - h o b b y - b u s i n e s s - s á n d w i c h h o l d i n g - t h r i l l e r - s h ow - h o b b y g a b a r d i n a - e s c a n c i a r - h u r a c á n - e s c a n e r e s f u m a d o - a r p a - m í s t e r - e s p l i e g o El árabe, el alemán, el italiano, el francés, los idiomas del Caribe, México y Perú, c e l a d a - f e u d o - b u s - p i r a g u a - b a s ke t c h o f e r - c a c i q u e - i g u a n a - n o ve l a palabras de los Andes, del Amazonas, del Paraná, del Orinoco y la Patagonia, r o p a - n e n ú f a r - p a r a í s o - m i n g a p e r f u m e - c a n c h a - g u a n t e - r e d o m a han enriquecido enormemente nuestro poderoso, nuestro vital idioma. Entonces? f u t b o l - c a p i t á n - g u e r r a - ñ a p a - c h a m p a ñ a - b r o c h e - q u i l a t e - q u i o s c o - r e c u a ¿Que solo debemos aceptar palabras que no tengan equivalentes en español? ¿Porqué?... ¿Acaso, cuando entró ?almohada? del árabe, no había entonces alguna palabra adecuada? ¿O cuando llegó del alemán ?guerra?, no había entonces cómo referirse a ese hecho? Al llegar del francés la palabra ?complot?, ya existía ?confabulación?. Y cuando de las Antillas tuvimos ?huracán?, podíamos también decir ?vendaval?. ¿O es que en vez de decir el anglicismo ?jet? cuando lo vemos cruzar el cielo, debemos decir castizamente ?avión de propulsión a chorro? ?... !Cuidado!... !mientras tanto, ya lo habremos perdido de vista! Démosle tiempo al tiempo. Y, más pronto que lo que sucedió con las palabras árabes y alemanas, con los galicismos y los italianismos, con miles de palabras de la América indígena... más pronto, la vitalidad poderosa y la fuerza arrasadora del idioma de Cervantes habrá hallado ?!ya ha hallado!? sintaxis, formas gramaticales, sonoridades y escrituras adecuadas. Y, seguramente, el uso habrá descartado algunas, muchas que no arraigaron. Pero muchas tendrán la legítima presencia que el uso ?!solo el uso!? les va dando, enriqueciendo mas aún nuestro opulento idioma. Sí, defendamos nuestro idioma... ¡de los defensores del idioma!. Pero, en verdad, no tenemos que hacer esfuerzo alguno, no hay porqué preocuparse: nadie les hace caso. Fortunosamente. Como no le hicieron caso ni siquiera al primer defensor, hace cinco siglos, aquel sabio de la corte de Isabel la Católica, don Antonio de Nebrija, pese a la gran autoridad que tenía como autor de la primera gramática. Una interesante observación: Los americanos ?tan inteligentes? no tienen esta inútil tontería de ?Academia de la Lengua?. !Y el registro de palabras que usan, es tres veces mayor que nuestro mas completo diccionario!